Bastante disputado, leilão de transmissão nº 07/2012 termina com deságio médio de 21,7%

“Quanto mais disputa e redução dos valores dos lances apresentados nos leilões de transmissão mais o consumidor brasileiro agradece”. Foi com essas palavras que o Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Nelson Hubner, encerrou o Leilão de Transmissão nº 07/2012 realizado nesta quarta-feira (19/12) na sede da BM&FBOVESPA, em São Paulo. O leilão foi finalizado com o deságio médio de 21,7%, o que significa que a receita dos empreendedores para exploração dos investimentos ficará menor que o previsto inicialmente, contribuindo para modicidade tarifária de energia. A Receita Anual Permitida (RAP)* média a ser obtida após o início da exploração dos empreendimentos ficará em R$ 352,4 milhões contra R$ 450,1 milhões estabelecidos inicialmente.

A Abengoa Concessões Brasil Holding S.A arrematou três dos oito lotes oferecidos no certame e foi a grande vencedora do leilão. “Alguns agentes estavam sumidos, mas voltaram de forma forte, como a Abengoa, que ganhou três lotes com deságios bastante interessantes”, afirmou o Diretor-Geral da ANEEL. A grande disputa do leilão foi vista no lote F, que teve 308 lances, sendo 305 a viva-voz, o que representou um recorde de todos os leilões já realizados pela Agência. Ele foi arrematado pela Abengoa Concessões ao valor de R$ 30,8 milhões, representando um deságio médio 16,61% em relação à RAP estabelecida incialmente pela Agência.

O lote que apresentou o maior deságio foi o C, formado pela subestação Piracicaba (SP), com 39,42%. A subestação contribuirá para aumentar a confiabilidade do sistema de transmissão e diminuir o nível de perdas. Já os lotes A, D e G contribuirão para o escoamento da energia a ser produzida na Usina de Belo Monte e foram arrematados respectivamente pela Abengoa Concessões, Consórcio Triângulo Mineiro e Consórcio Paranaíba.

O lote B, composto pela Linha de Transmissão Assis – Paraguaçu Paulista II e pela subestação Paraguaçu Paulista II (SP) foi arrematado pela Copel Geração e Transmissão S.A, com um deságio de 5% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) prevista pela Agência no valor de R$ 6,1 milhões. A Abengoa foi a vencedora do Lote E, com 30,7% de deságio em relação à RAP de R$ 46,1 milhões. Ele é composto por duas subestações e uma linha de transmissão localizadas nos estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já o Lote H, composto pelas linhas de transmissão Rio Branco I – Feijó, Feijó – Cruzeiro do sul e pelas subestações Feijó e Cruzeiro do Sul, localizadas no estado do Acre, não teve nenhum interessado e, por isso, deve entrar nos próximos certames a serem realizados pela Agência.

As novas instalações vão demandar investimentos da ordem de R$ 4,1 bilhões em 10 estados, com geração de 14.607 empregos diretos. O prazo de conclusão das obras será de 22 a 36 meses e os contratos de concessão são de 30 anos. (PG/DB)

*RAP (Receita Anual Permitida): Receita a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão a partir da entrada em operação comercial das instalações.

Fonte e texto: www.aneel.gov.br Leia mais: Moda ao seu estilo Bicicleta elétrica gera sua própria energia Veja o balanço das concessões do setor elétrico Economia de energia e meio ambiente Como fazer um aquecedor solar de baixo custo e economizar energia elétrica E L James, um exemplo de sucesso Aprovada norma sobre procedimentos para ressarcimento por danos elétricos