quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Consumo de Energia Elétrica - Estudo Comparativo da Televisão

Até o presente momento nas matérias anteriores já aprendemos a calcular o consumo de energia elétrica de chuveiro e do forno micro-ondas. A matéria disponibilizada no link abaixo aborda o consumo de energia elétrica das televisões a Tubo, Plasma e LCD e Led. Ao final dos tópicos teremos um mapeamento sobre o consumo estimado de energia elétrica na sua residência. Tome cuidado com a TV a Plasma pois apesar do preço ser bem inferior as demais o consumo de energia elétrica é elevado, a diferença do consumo pode somar R$ 280 ao ano, a TV a Led é mais cara mas você economizará mais energia que a TV a Plasma.


Veja estudo comparativo completo sobre consumo de energia elétrica de TVs (TECMUNDO)
Governo anuncia redução das tarifas da conta de luz e ações de empresas do setor despencam
Economize energia elétrica utilizando o forno micro-ondas adequadamente
Conheça a usina hidrelétrica belo monte
Saiba mais sobre o consumo de energia do chuveiro elétrico
Ventilador de teto - conheça o consumo de energia elétrica




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tarifa Social de Energia Elétrica permite desconto na conta de luz

"Para ter direito ao benefício, o consumidor precisa estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e ter o Número de Identificação Social (NIS) ou possuir Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Além disso, deve possuir renda familiar mensal per capita menor ou igual a meiosalário mínimo nacional. Quem não está inscrito nos programas sociais do Governo Federal deve procurar a prefeitura do seu município e verificar como se cadastrar."


Assista o vídeo abaixo: Teleconferência esclarece dúvidas sobre Tarifa Social de Energia Elétrica e Telefone Popular

sábado, 25 de agosto de 2012

Forno micro-ondas - Aprenda a economizar dinheiro utilizando a energia elétrica de forma eficiente

O americano Percy Spencer teve a ideia de usar micro-ondas para cozinhar alimentos durantes suas atividades na empresa Raytheon, fabricando magnétrons para aparelhos de radar. Quando estava trabalhando num aparelho de radar, viu que uma barra de chocolate que tinha no seu bolso tinha derretido. Como o mesmo tinha experiências devido ao seu suporte a 120 patentes, logo entendeu o que tinha acontecido e a partir daí surgiu o eletrodoméstico forno micro-ondas. O primeiro alimento a ser cozido com forno micro-ondas foi a pipoca e o segundo um ovo, que explodiu devido à pressão.
Ao levar em consideração o consumo de energia elétrica do forno micro-ondas e quanto vamos pagar na conta de luz não podemos esquecer que este eletrodoméstico consome energia elétrica em stand-by, ou seja é a energia elétrica que é consumida quando o forno micro-ondas não está em funcionamento.

Consumo de energia elétrica no modo standby - Forno micro-ondas:

A potência do forno micro-ondas chega a 5 W. Vamos calcular quanto você paga pelo simples fato de deixar o eletrodoméstico forno micro-ondas ligado na tomada sem sequer utilizar o mesmo:

O consumo da energia elétrica do forno micro-ondas é obtido em kWh:
  • kW é a potência do forno micro-ondas em Watts divido por mil (Watts / 1000) 
  • h é o tempo em horas do forno micro-ondas ligado. Exemplo: 15 minutos;divida 15 por 60; 15/60=0,25 horas 
O custo da energia elétrica do forno micro-ondas que você pagará:

Custo standby do forno micro-ondas = kW x h x Valor do kWh(veja na sua conta de luz, varia de acordo com estado e país).
Custo standby do forno micro-ondas = (5 Watts/1.000) x (60 minutos/60) x 24 horas na tomada x R$ 0,62 (valor aqui de Minas Gerais)
Custo standby do forno micro-ondas  = R$ 0,074 (setenta e quatro centavos) por dia

Ao final de 30 dias = R$ 0,074 x 30 = R$ 2,23
Ao final de 1 ano = R$ 0,074 x 365 = R$ 27,25

Para economia de energia elétrica retire o forno micro-ondas da tomada e ligue somente quando for utilizar o mesmo.

Consumo de energia elétrica com utilização normal - Forno micro-ondas:

A potência média do forno micro-ondas equivale a 1.250 Watts. Considerando um tempo médio de utilização do aparelho de 20 minutos por dia:

O custo que você pagará pelo consumo de energia elétrica do forno micro-ondas:

Custo normal = kW x h x Valor do kWh(veja na sua conta de luz, varia de acordo com estado e país).
Custo normal = (1.250 Watts/1.000) x (20 minutos/60) x R$ 0,62 (valor aqui de Minas Gerais)
Custo normal = R$ 0,26 (vinte e seis centavos) por dia

Ao final de 30 dias = R$ 0,26 x 30 = R$ 7,80
Ao final de 1 ano = R$ 0,074 x 365 = R$ 93,60

Custo final:
Aproximando alguns dados você pagará cerca de:
Mês -> R$ 7,80 + R$ 2,23 = R$ 10,03
Ano-> R$ 93,60 (pelo uso normal) + R$ 27,25 (aparelho ligado na tomada sem utilização) = R$ 120

Outra análise é que cerca de 20% que você paga pela energia elétrica do forno micro-ondas refere-se ao modo standby, ou seja DESPERDÍCIO. Reflita sobre isto que você pode considerar como sendo pouco mas que se multiplicado pela população mundial que possuem o forno micro-ondas e deixam ligados na tomada durante todo o tempo.

Estudos elaborados pela EPE (http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx) mostram que 25% da energia consumida no Brasil refere-se ao uso residencial e que do total do consumo residencial com eletrodomésticos é aproximadamente 12% refere-se ao modo standby de TV, forno micro-ondas, som, etc.Estima-se um desperdício de 960 GWH mês.

Ou seja, será que teremos que construir usinas nucleares e mais fontes de geração de energia com impacto ambiental relevantes para apenas suprir o DESPERDÍCIO de energia de  eletrodomésticos em modo standby?

Deveria existir leis que obrigassem os fabricantes a desenvolverem soluções tecnologicas em seus produtos para evitar estes problemas.

fontes utilizadas nesta matéria:

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Quanto custa o seu banho- Como economizar com chuveiro elétrico e colaborar com o meio ambiente


A necessidade crescente da demanda por energia elétrica, motivada pelo aumento do consumo, leva a necessidade de construção de novas fontes de geração de energia elétrica, a título de exemplo citamos as recentemente as usinas hidrelétricas do complexo do rio Madeira (UHE Santo Antônio e UHE Jirau),  UHE Belo Monte e  a usina nuclear Angra 3. Estes projetos ficaram conhecidos em todo Brasil e no mundo devido as polêmicas levantadas sobre os impactos ambientais e culturais, falaremos disto detalhadamente em outra oportunidade.

Realizando gestão eficiente no consumo da energia elétrica estaremos contribuindo com a redução da conta de energia elétrica e com o meio ambiente, pois combatendo o uso desnecessário estamos consumindo menos energia e consequentemente será menor a necessidade de construção de novas fontes de geração de energia elétrica.

Os fatores determinantes no consumo de energia elétrica do chuveiro elétrico são a potência do equipamento, ou seja a resistência elétrica e o tempo do banho. As potências mais comuns de chuveiro elétrico encontradas no mercado são:
  1. 3.200 Watts (Tensão: 127 Volts)
  2. 4.500 Watts (Tensão: 127 Volts)
  3. 5.500 Watts (Tensão: 127 Volts)
  4. 6.000 Watts (Tensão: 220 Volts)
  5. 7.500 Watts (Tensão: 220 Volts)
Raramente os modelos 1 e 2 são encontrados em prateleiras para compra, as faixas mais comuns são a partir do 3. Quanto maior a potência da resistência do chuveiro elétrico mais a água esquenta.

Você sabia que um chuveiro elétrico de 5.500 Watts corresponde a 91 lâmpadas de 60 Watts.

O consumo da energia elétrica é obtido em kWh:
  • kW é a potência do chuveiro elétrico em Watts divido por mil (Watts / 1000)
  • h é o tempo em horas do  chuveiro elétrico ligado. Exemplo: 15 minutos;divida 15 por 60; 15/60=0,25 horas 
O custo que você pagará pelo banho com chuveiro elétrico será:

Custo do banho com chuveiro elétrico = kW x h x Valor do kWh(veja na sua conta de luz, varia de acordo com estado e país).

Calculando para 15 minutos de banho com chuveiro de 5.500 Watts com a chave na posição quente:

Custo do banho com chuveiro elétrico = (5.500 Watts/1.000) x (15 minutos/60) x R$ 0,62 (valor aqui de Minas Gerais)
Custo do banho com chuveiro elétrico = 5,5 kW x 0,25 x 0,62 
Custo do banho com chuveiro elétrico  = R$ 0,85

Este é o custo unitário do banho com chuveiro elétrico, ao longo de 30 dias com banhos diários médios de 15 minutos temos R$ 0,85 x 30 = R$ 25,58

Este valor é por pessoa, se a casa possui 2 pessoas o custo será R$ 25,58 x 2 = R$ 51,16

Veja as tabelas abaixo do custo do banho com chuveiro elétrico por pessoa para Minas Gerais com tarifa final de R$ 0,62 o kWh:

Para este caso reduzindo o tempo do banho com chuveiro elétrico de 15 para 10 minutos o custo final de 30 dias será de R$ 17,05; economizando R$ 8,53 por mês de energia elétrica, correspondendo a uma economia de R$ 102,30 ano. Se tiver 4 pessoas na casa e todas respeitarem o limite de 10 minutos a economia será superior a R$ 400,00.

Lembre-se que o tempo corresponde ao chuveiro elétrico efetivamente ligado.
Ao verificar o valor do hWh observe bem pois você deve já tem de ser o final com os impostos e tributos já incluídos

Outra dica importante é que com o passar do tempo devido a reação química a resistência vai soltando partículas que diminui a vazão da água do chuveiro elétrico, portanto recomenda-se que seja realizado limpeza periódica já que com menos água você tenderá a ficar mais tempo com o chuveiro ligado e consumindo mais luz.

Não esqueça de manter a chave do chuveiro elétrico na posição morna, pois economiza mais energia elétrica e também não lave o banheiro com água quente.

É importante que o circuito esteja dimensionando adequadamente, onde os disjuntores e a bitola dos cabos devem ser compatíveis com o tipo de carga. O disjuntor é um dispositivo de proteção e não influencia no consumo de energia do chuveiro elétrico.

Posteriormente incluirei um artigo levando em consideração o custo da água.

Recomendo a realização deste excelente treinamento na modalidade ensino a distância: Economia de Energia. Carga horária: 24 horas. O treinamento é grátis, além de ser emitido certificado de realização (Fundação Banco do Bradesco-Escola Virtual) e pode ser acessado através do link http://www.ev.org.br/

Leia mais:

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Confiabilidade e economia em sistemas de serviços auxiliares técnicos de PCHs


Por Álvaro Batista Cançado, Gladstone Eugênio Ramos, Jarbas Freitas Leal, e Tony Helder P. Cunha
Os maiores custos de implantação de uma usina são atribuídos às obras civis, mas não se devem ignorar os custos associados aos sistemas eletromecânicos e, consequentemente, aos serviços auxiliares elétricos. Estes custos, quando identificados corretamente, podem contribuir significativamente para a viabilização do empreendimento 
A definição de um empreendimento hidrelétrico quanto ao enquadramento como Pequena Central Hidrelétrica (PCH) é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como sendo aqueles que têm potência instalada entre 1 MW e 30 MW e área inundada até 3 km2, para a cheia centenária. O Brasil possui 314 pequenas centrais em operação (2,17% da matriz de energia elétrica brasileira) e 73 em construção, além de 163 outorgados entre 1998 e 2008. A geração hidrelétrica representa 70,12% da matriz de energia elétrica brasileira, e ainda existe um grande potencial a ser explorado.
A construção de PCHs ganha força no cenário brasileiro, principalmente por causarem menores impactos ambientais e apresentarem tempo de construção mais rápido. Um exemplo deste cenário é o Programa Minas PCH, instituído recentemente pelo governo de Minas Gerais em parceria com a Cemig, com o objetivo de buscar parceiros para implantação destas usinas no Estado. A primeira usina beneficiada por este programa é a PCH Cachoeirão, que iniciou a operação comercial (1ª unidade geradora) em dezembro de 2008.
Para se ter uma definição da viabilidade do empreendimento, primeiro deve-se fazer o registro dos estudos de inventário na Aneel. O inventário deve identificar o melhor ponto de aproveitamento da queda d’água de forma a evitar desembolsos não previstos em fases posteriores do empreendimento, o que pode inviabilizá-lo. Os procedimentos para o registro e aprovação do inventário devem ter como base a Resolução nº 393/01, resumidos assim:
Inventário – Definição do potencial da queda – Estudos básicos (levantamento de dados e orçamento preliminar) – Registro na Aneel – Projeto básico – Estudos energéticos, ambientais, etc. – Relatório de impacto ambiental – Licença prévia – Aprovação do projeto básico – Licença de instalação – Projeto executivo – Construção – Licença de operação – Operação comercial.
É na fase do projeto básico que é definido o número de unidades geradoras e os diagramas unifilares da usina, bem como o sistema de serviços auxiliares elétricos. Neste momento, é importante entender que a confiabilidade dos serviços auxiliares não é determinada exclusivamente com redundâncias de fontes e equipamentos, mas depende também da qualidade dos componentes e equipamentos empregados.
A configuração do sistema de serviços auxiliares elétricos depende da natureza de cada empreendimento e deve considerar aspectos técnicos, facilidades de operação e manutenção, de segurança pessoal e da instalação. Portanto, a filosofia adotada causará efeito sobre o custo global, o desempenho e a sua vida útil.
O grau de confiabilidade aderente a PCHs pode ser obtido com a definição de uma boa configuração do sistema e com o emprego de equipamentos com boa qualidade. É importante ressaltar que uma pequena central não é uma usina de grande porte em escala reduzida, portanto, não se devem adotar os mesmos critérios de projeto, principalmente de confiabilidade aplicados a usinas maiores. É preciso respeitar as regulamentações vigentes do setor elétrico, estabelecidas principalmente nos Procedimentos de Distribuição (Prodist) da Aneel e nos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Os aspectos tecnológicos avançam em velocidade elevada a cada dia e devem ser considerados na prospecção do empreendimento, demandando revisões de critérios de projetos em função destas mudanças. É muito importante o estabelecimento de consenso mútuo com relação a estes critérios entre todos os profissionais envolvidos no processo da fase de viabilidade até a implantação do empreendimento. Este entendimento propicia ganhos extraordinários em horas de engenharia nas fases de estudos, projeto, montagem, comissionamento e implantação.
É importante ressaltar que não existe uma solução típica para a definição da configuração do sistema de auxiliares, devendo cada caso ser analisado separadamente. De acordo com J. M. Nixson, a configuração do sistema de serviços auxiliares depende da configuração da rede, que determinará o número de fontes disponíveis para os serviços auxiliares e, em seguida, pela natureza e distribuição das cargas.
Sistemas de serviços auxiliares elétricos de CA e CC
Entende-se como sendo serviços auxiliares elétricos todo o sistema de transformação, manobra e distribuição de energia para fornecimento de eletricidade com qualidade e confiabilidade às cargas necessárias para a operação segura das unidades geradoras, equipamentos e estruturas das instalações de uma usina e/ou subestação. Sendo constituídos por quadros de distribuição, transformadores, gerador diesel, cubículos de média tensão, banco de baterias, conversores CA/CC, inversores CC/CA para iluminação de emergência, motores elétricos e seu respectivo acionamento, etc. São compostos basicamente de um sistema de corrente alternada e outro de corrente contínua.
Estes sistemas são parte essencial de todo o escopo eletromecânico de uma usina, que é constituído pelos seguintes sistemas e equipamentos: turbinas hidráulicas, equipamentos hidromecânicos (comportas, grades e válvula de segurança), levantamento (ponte rolante e talhas), geradores, transformadores elevadores, sistema de proteção, sistema de supervisão e controle, subestação, interligação gerador-transformador, aterramento, linha de transmissão e sistemas de telecomunicações.
Observa-se em alguns projetos de sistemas de serviços auxiliares elétricos um conservadorismo desnecessário, onde muitas vezes é aplicado nestes sistemas um grau de confiabilidade exigido para grandes usinas.
É preciso utilizar critérios adequados e coerentes para a definição da filosofia do sistema de serviço auxiliar elétrico de uma usina, pois, no caso de escolha inadequada, pode-se elevar os custos do empreendimento, inviabilizando o mesmo. Também deve-se tomar cuidado para não adotar uma filosofia pobre que comprometa a confiabilidade da usina. Tais critérios são referenciados em diretrizes da Eletrobrás, que foram elaboradas com base na legislação vigente e normas técnicas, e devem ser de conhecimento de todos os profissionais envolvidos nas fases de viabilidade e implantação destas usinas.
Os serviços auxiliares devem ser concebidos para se obter uma solução adequada, compatível com o grau de confiabilidade necessária à operação da usina sob os aspectos de continuidade de serviço e segurança da usina, de pessoal, de terceiros e do sistema elétrico. A confiabilidade do sistema de serviços auxiliares elétricos é requerida na fase de concepção do empreendimento, onde devem ser previstos os meios adequados para o suprimento confiável de energia elétrica de emergência para operação de equipamentos essenciais à segurança das instalações, tais como: bombas de drenagem e esgotamento, comportas dos extravasores, vertedouro, iluminação de emergência e sistema de telecomunicações. Além de suprir energia para permitir a partida de uma unidade geradora após o desligamento pleno da usina.
A otimização aderente a pequenas centrais já devem ser contempladas na fase de viabilidade do empreendimento, onde são obtidos com base na análise de resultados de consultas efetuadas com fabricantes e também na comparação com custos de equipamentos similares adquiridos recentemente para outras instalações hidrelétricas (preços de mercado).
De acordo com a Eletrobrás, na fase de viabilidade do empreendimento deverá ser elaborado um orçamento dos equipamentos eletromecânicos principais e componentes dos sistemas mecânicos e elétricos auxiliares, constantes da itemização preconizada no Orçamento Padrão da Eletrobrás.
Observa-se que os serviços auxiliares elétricos representam um custo de 3% a 5% em relação ao desembolso total do empreendimento, dependendo de suas características.
Sistema de serviço auxiliar de corrente alternada
O serviço auxiliar de corrente alternada é destinado a suprir energia às cargas, como motores, iluminação e tomadas, conversores CA/CC, dentre outras. A configuração do sistema de serviço auxiliar de corrente alternada talvez seja a mais difícil de obter uma padronização, uma vez que depende do número de unidades geradoras da usina e do sistema elétrico em que a mesma será implantada. Para os serviços auxiliares em corrente alternada, é possível simplificar o escopo nos seguintes pontos:
(I) Redução do número de fontes para o sistema;
(II) Utilização de barra simples, ao invés de barra dupla;
(III) Otimização de equipamentos.
Figura 1 – Diagrama unifilar de uma PCH com três unidades geradoras
É recomendada a utilização dos seguintes valores de tensão de alimentação 220/127 Vca (60 Hz, sistema trifásico a quatro fios com neutro solidamente aterrado) para as usinas menores e 380/220 Vca para usinas maiores que requeiram transformador de serviços auxiliares com potência nominal = 500 kVA.
Redução do número de fontes
Um dos pontos que mais oneram o custo deste sistema é o número de fontes, que podem ser constituídos da seguinte forma:
(I) fonte proveniente das próprias unidades geradoras;
(II) fonte proveniente de uma rede externa (normalmente do sistema de distribuição mais próximo);
(III) fonte de emergência constituída por um grupo motor-diesel gerador.
Normalmente as fontes (i) e (iii) são suficientes e, na falta da fonte (i), pode-se suprir o serviço auxiliar elétrico com alimentação reversa pela linha de transmissão.
De maneira geral, podemos destacar alguns fatores que justificam o uso do grupo motor-diesel gerador como fonte de emergência para uma pequena central. Ressalta-se que os critérios não se limitam a estes:
A. Quando houver vertedouro controlado por comportas e a falta de energia elétrica para elas resultar em risco de transbordamento do reservatório;
B. Se a drenagem da casa de força da usina depender de bombas, pois a indisponibilidade destas pode ocasionar a inundação da casa de força;
C. Quando, na parada de emergência da unidade geradora, for imprescindível o funcionamento de uma bomba de injeção de óleo no mancal de escora e/ou de uma bomba de circulação de óleo no mancal;
D. Se a usina estiver conectada à rede básica e for definida pelo ONS para o restabelecimento do sistema.
As otimizações propostas devem ser implementadas quando for conveniente para o projeto. Dependendo da configuração da usina e dos requisitos para o sistema, algumas otimizações não são aplicáveis. Esta simplificação pode ser implementada nas seguintes situações:
A. Quando não houver fatores que justifiquem o uso de fonte de emergência, esta não deverá ser utilizada;
B. Quando não for necessário alto grau de confiabilidade para o sistema, o uso da fonte externa poderá ser dispensado. Pequenas centrais conectadas em sistemas radiais geralmente não necessitam de fonte externa;
C. Quando houver ligação entre as unidades geradoras (UGs) antes do transformador elevador. A única fonte interna será proveniente de mais de uma UG. As saídas dos geradores são conectadas em uma barra antes de elevar-se a tensão, conforme a Figura 1.
A redução das fontes do sistema traz diversos ganhos ao projeto, dentre eles podemos destacar:
A. Redução dos custos dos alimentadores que não foram utilizados;
B. Redução de custos da aquisição de grupo motor-diesel gerador;
C. Redução de custos com fabricação do quadro de distribuição (mais compacto e menos disjuntores na entrada).
A simplificação por meio da utilização do sistema de barra simples ao invés de barra dupla traz a desvantagem da menor confiabilidade e disponibilidade do sistema. O sistema de barra simples pode ser adotado nas seguintes situações:
A. Quando não houver duplicação das cargas do sistema. A vantagem do sistema de barra dupla é a condição de funcionamento de todas as unidades geradoras mesmo se um lado dos auxiliares estiver indisponível;
B. Quando não há duplicação de cargas justificando a simplificação para barra simples;
C. Quando a parada temporária de toda a usina não causar grandes prejuízos para o SIN.
Como alternativa para aumentar a disponibilidade do sistema de barra simples, pode ser adotado um link extraível para a separação do barramento durante uma manutenção. Desta forma, caso uma parte da barra esteja defeituosa, o link é retirado e a outra parte do barramento fica disponível para a operação. Esta manobra terá de ser feita com todo o sistema desligado. Dentre os benefícios devido ao uso de barra simples, podemos destacar:
A. O quadro de distribuição fica mais compacto, com custo de fabricação mais baixo;
B. O número de disjuntores de entrada da barra de distribuição diminui;
C. Também não há a necessidade de disjuntores de acoplamento, reduzindo o custo do projeto.
Quando há um número reduzido de cargas e de fontes para o sistema, os centros de cargas podem ser incorporados nos quadros de distribuição. Esta solução não é apropriada para grandes sistemas, uma vez que os centros de carga ficarão muito grandes. Somente os centros de cargas das estruturas mais distantes serão descentralizados. Esta solução traz os seguintes benefícios para o projeto do sistema:
A. Menor número de quadros para o sistema, resultando em menores custos;
B. Menor número de disjuntores de entrada e saída dos quadros. Para a solução dos quadros de distribuição e centros de cargas descentralizados, haverá, no mínimo, dois disjuntores adicionais para cada centro de carga.
Outro aspecto importante a ser considerado é que sempre existe a necessidade de construir uma rede de distribuição de média tensão para fornecer energia ao canteiro de obras para a construção da usina. Logo, o projetista pode aproveitar esta rede e concebê-la para alimentar o serviço auxiliar da usina.
Deve-se ter cuidado para a definição da configuração de usinas com uma unidade geradora, pois o número de fontes internas para alimentar as cargas do serviço auxiliar é limitado. Neste caso, propor apenas o gerador diesel de emergência pode ser perigoso, pois se a usina parar por algum defeito crônico e ficar sem alimentação reversa, o diesel precisaria operar por longos períodos.
Emprego de único transformador de serviço auxiliar
Os transformadores de alimentação dos serviços auxiliares (incluindo cabeamento, proteção, cubículos, projeto, etc.) possuem um custo significativo, mas pode-se optar por uma configuração mais simples, utilizando apenas um transformador de distribuição para alimentação do sistema de serviços auxiliares de CA, conforme a Figura 1.
Para tanto, é necessário a aquisição de uma peça sobressalente deste transformador para substituição em caso de avaria grave. Neste caso, a usina ficaria indisponível por poucas horas até a substituição do equipamento.
Aplicação de chaves de transferência automáticas
A transferência automática de fontes é uma das maneiras de aumentar a disponibilidade e a confiabilidade no fornecimento de energia às cargas essenciais da usina, sendo feita por meio de fontes de alimentação independentes. A falta de uma delas não influi as demais, mantendo a alimentação para as cargas essenciais.
Figura 2 – Transferência de fontes utilizando chaves automáticas
 Têm-se utilizado disjuntores motorizados para a transferência de fontes nos projetos atuais de usinas. Tais equipamentos são de custo elevado e, se não forem concebidos e instalados adequadamente, podem se tornar um problema. A chave de transferência pode ser adotada em substituição aos disjuntores motorizados, utilizados até então para transferir a carga da fonte faltosa para a fonte sã. A Figura 2 mostra a transferência de fontes com chave estática e observa-se na tensão (vista pela carga) que a interrupção foi cerca de 5 ms.
 As chaves de transferência são largamente empregadas em comércios e indústrias de pequeno porte, principalmente com a finalidade de suprir energia às cargas do estabelecimento a partir de uma fonte própria (gerador diesel) em horário de consumo de ponta do sistema elétrico, quando o custo da energia é elevado.
 Estas chaves possuem um custo inferior aos disjuntores motorizados e um projeto de transferência de fonte bem mais simples que a lógica empregada atualmente, contribuindo para a redução de custos.
 Deve-se garantir um perfeito intertravamento entre as chaves das duas fontes, de forma que apenas uma conduza de cada vez, eliminando a possibilidade de conexão de duas fontes com as tensões fora de sincronismo. Um erro de comutação poderia provocar a atuação dos dispositivos de proteção do sistema. Esta transferência pode ser feita com chave estática ou com contatores intertravados mecanicamente e eletricamente (Figura 2).

Figura 3 – Diagrama de transferência de fontes a contatores
 Otimização em equipamentos
Demais otimizações devem sempre ser realizadas, desde que não comprometa a segurança da usina, de seus sistemas, equipamentos e também de pessoas.
 As cargas de corrente alternada da usina podem ser instaladas em um único quadro de alimentação constituído de um único barramento e dotados de demarradores e gavetas fixas, não havendo necessidade de gavetas extraíveis. Observando-se critérios de capacidade de condução de corrente e queda de tensão, se possível, deve-se priorizar a alimentação das cargas da tomada d’água/vertedouro também pelo quadro de alimentação da casa de força, evitando desta força um centro de cargas exclusivo para estes sistemas.
 Com relação a disjuntores de potência, podem-se utilizar equipamentos do tipo fixo ao invés de extraíveis, para baixa tensão. Poderão ser empregados multimedidores – que agrupem as medições requeridas no circuito onde aplicado – interligados com o sistema digital de supervisão e controle da usina, permitindo a supervisão à distância do sistema.
 Pode-se ainda implementar o circuito de força e controle em um único quadro, como constituir o circuito de força dos motores e demais cargas na parte frontal do quadro e o controle em sua parte traseira, atendendo, dessa forma, a segregação de circuitos exigido pela NR-10. Levando para campo apenas cabos para comandos de partida local dos motores, esta proposta traz ganhos em cabos de força e painéis elétricos.
 Sistema de serviço auxiliar elétrico de corrente contínua
O sistema de CC é utilizado para suprir energia segura e confiável para circuitos de comando, controle e proteção, sinalização, transdutores e alarme. Como premissa básica para definição do arranjo e projeto do sistema de corrente contínua de pequenas centrais, deve-se utilizar sistemas de corrente contínua não aterrados, uma vez que esta configuração apresenta elevado grau de continuidade. Outro critério básico é o emprego de equipamentos com boa qualidade.
 Considerando estas condições atendidas, pode-se utilizar apenas um único retificador (conversor CA/CC) com um banco de baterias operando em paralelo, conforme configuração sugerida na Figura 2, uma vez que estes conversores Ca/CC apresentam custo elevado.
 Utilizava-se em projetos de sistemas de CC antigos a tensão nominal de 250 V e, com a evolução tecnológica, quase todos os equipamentos que requerem alimentação em corrente contínua estão disponíveis em 125 V, permitindo a utilização de apenas um nível de tensão de corrente contínua na usina. Atualmente, quase todos os equipamentos que requerem alimentação em corrente contínua estão disponíveis para alimentação nesta tensão, o que possibilita a utilização de apenas um nível de tensão de CC na usina.
 A operação seletiva dos dispositivos de proteção é fundamental para a operação do sistema de corrente contínua. Embora a utilização de um sistema isolado de terra permita a continuidade de operação para defeitos para terra envolvendo apenas um dos pólos, a probabilidade de ocorrência de um curto-circuito sempre está presente.
 Os disjuntores para aplicação em corrente contínua disponíveis atualmente no mercado não possuem características adequadas que possibilitem ajustes para uma operação seletiva da proteção entre disjuntores. Devido a este fato, recomenda-se que os circuitos de corrente contínua sejam protegidos por fusíveis do tipo Diazed ou NH.
Conversores CA/CC e banco de baterias
Existem sistemas de serviço auxiliar de pequenas centrais que são concebidos com dois conversores CA/CC e dois bancos de baterias, que realmente mostra-se desnecessário conforme veremos a seguir.
 Atualmente, os conversores CA/CC possuem alta tecnologia de diagnósticos de falhas e monitoramento dos seus componentes e do banco de baterias, dando subsídios para intervenções programadas para reparos, além de possibilitar plena integração com o sistema de supervisão da usina.
 A configuração sugerida na Figura 4 é plenamente aderente ao grau de confiabilidade exigido para pequenas centrais e também apresenta excelente flexibilidade operativa para as equipes de O&M, pois isola o banco para manutenção sem comprometer a operação da usina.
 O banco de baterias pode ser dimensionado para suprir toda a carga da usina em até 10 horas, o que, no caso de defeito do conversor CA/CC, dá ao mantenedor tempo hábil para reparo do equipamento, que é constituído de módulos de fácil substituição.
 Para o dimensionamento adequado da bateria, deve ser elaborado um ciclo de descarga que atenda às condições mais desfavoráveis de operação durante uma falta de alimentação de corrente alternada para o retificado. As baterias de 125 Vcc deverão ser do tipo chumbo-ácido, dimensionadas para atender, em caso de emergência, a um ciclo de descarga de 10 horas, para a tensão final de 105 V.
 De acordo com a Eletrobrás, o dimensionamento deve ser feito seguindo a norma ANSI/IEEE Std 485. É recomendado o emprego de baterias do tipo chumbo-ácido com placas positivas tubulares, devido às suas características e desempenho.
 Quadro de distribuição CC
O emprego adequado de apenas um único conversor CA/CC leva também à utilização de um único quadro de CC com apenas um barramento para alimentação das cargas CC da usina, conforme Figura 4. O emprego de equipamentos de boa qualidade e com dimensionamento adequado na fase de projeto tornam esta configuração aceitável para pequenas usinas. Podemos citar como exemplo uma coordenação da proteção bem realizada, que isola apenas o circuito defeituoso, não permitindo que o defeito se propague para os demais circuitos. Com isto, reduzem-se os custos com barramentos, sinalizações e disjuntores de transferência de fontes.
 Para sinalização local, pode-se utilizar um voltímetro e um amperímetro convencionais e sem necessidade de utilizar qualquer transdutor para disponibilizar estes dados no sistema de supervisão, uma vez que os conversores CA/CC atuais já possuem tecnologia de medição que permitem integrar este sistema ao de supervisão na usina.
Conversor 48 Vcc (telecomunicação)
É empregado para suprir energia ao sistema de comunicações da usina, que tem como objetivo atender toda a demanda de comunicação de dados, voz e imagens da usina, levando em conta a premissa de operação não assistida e sendo necessário instalar pelo menos alguns equipamentos como: central privada de comutação telefônica (tipo PABX CPA-T) e rádio UHF/ FM.
 É comum encontrar pequenas usinas empregando conversor de 48 Vcc completamente independente das demais cargas da usina, com sua alimentação proveniente de carga essencial do sistema de corrente alternada.
 Atualmente, já é possível encontrar equipamentos de telecomunicações empregados em pequenas centrais com alimentação em 125 Vcc, tornando desnecessário o conversor 48 Vcc exclusivo para estes equipamentos.
Figura 4 – Configuração sugerida para um sistema de CC
Conclusão
É possível reduzir custos de implantação de pequenas centrais com a otimização dos sistemas auxiliares elétricos de corrente alternada e corrente contínua. Esta redução de custos não significa necessariamente a perda de confiabilidade e de disponibilidade da usina, mas sim trazer o sistema ao grau de confiabilidade aderente ao tipo de empreendimentos desta natureza.
 Alguns critérios de projeto alinhados com otimizações são orientados pela própria Eletrobrás por meio das diretrizes para elaboração de projeto básico e de estudo de viabilidade. É de suma importância considerar estas otimizações já na fase de estudo de viabilidade, considerando estes custos na planilha OPE.
 Observa-se ainda o emprego de critérios de projetos antigos, que devem ser revisados considerando as evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos tempos, e que tais critérios demandarão revisões permanentes em função do rápido avanço tecnológico.
 As soluções de engenharia propostas não prejudicam a confiabilidade do empreendimento nos aspectos técnicos e de segurança. Além das vantagens citadas ao longo do trabalho, relacionamos adicionalmente os seguintes pontos:
 A. Redução de gastos com manutenção, pois os equipamentos foram reduzidos pela metade, contendo um conversor CA/CC e um banco de baterias;
B. Redução de custos de engenharia como projetos, memórias de cálculo, documentação, dentre outros;
C. Redução de custos de aquisição de equipamentos com a compra de apenas um carregador e um banco de baterias. Economizando, dessa forma, também em custos indiretos como testes de fábrica, transporte, além de infraestrutura (mão-de-obra para instalação, cabeamento, obras civis, espaço físico, dentre outros);
D. Redução de tempo de comissionamento.
 ÁLVARO BATISTA CANÇADO é engenheiro eletricista, especializado em sistemas elétricos de potência e qualidade da energia elétrica, e engenheiro de projetos elétricos da geração da Cemig Geração e Transmissão S.A.
GLADSTONE EUGÊNIO RAMOS é engenheiro eletricista e sócio-diretor da Quater Engenharia Ltda.
JARBAS FREITAS LEAL é especialista em sistemas e qualidade de energia elétrica, e engenheiro eletricista da Cemig GT.
TONY HELDER PEREIRA CUNHA é engenheiro eletricista e eletricista montador da geração da Cemig Geração e Transmissão S.A.

domingo, 19 de agosto de 2012

Governo anuncia redução do custo da energia elétrica de 16% para residências e até 28% para a indústria


14/09/2012 - Cronograma de trabalhos para redução tarifária

13/09/2012 - As empresas do setor perderam aproximadamente de R$ 21 bilhões em valor de mercado nos últimos dois dias, devido a forte queda das ações das companhias ligadas ao setor elétrico, após o anúncio de medidas do governo para redução do custo da eletricidade no País.

11/09/2012 - Redução das tarifas de energia vai valer a partir de 5 de fevereiro de 2013. Novos valores serão conhecidos após a realização pela Aneel de revisão tarifária extraordinária nas distribuidoras.

06/09/2012 - A presidenta Dilma anunciou que a redução da tarifa de energia elétrica de 16,2%  para residências e até 28% para a indústria em 2012. As medidas tomadas pelo governo serão lançadas em 11 de setembro de 2012 e envolvem a redução de tributos e encargos e também alterações nos critérios de renovação de concessões. Essa redução virá por meio da tarifa de fornecimento paga pelos consumidores cativos das distribuidoras e do desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão para os grandes consumidores.

04/09/2012 - Governo adia lançamento do pacote de energia para próxima semana.

02/09/2012 - Pacote de energia será anunciado semana que vem. Presidente Dilma Rousseff afirmou que redução de custos se dará por meio da diminuição dos encargos setoriais que oneram a energia.

20/08/2012 - O governo brasileiro finalmente resolveu agir para reduzir as tarifas da energia elétrica que a título de exemplo é mais cara que países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai. O primeiro passo foi a alteração das regras do terceiro ciclo de revisão tarifária, a principal mudança é que sai do jogo a empresa de referência e entra parâmetros que obrigam as concessionárias a reduzirem seus custos operacionais, perdas, dentre outros. Desta forma a empresa para obter sucesso na revisão tarifária, fator primordial para sua sobrevivência, terá que sair da inércia que o modelo atual permitia e tomar ações para melhoria de sua eficiência para ter um melhor resultado.

O que é favorável para os consumidores pois a tendência é que os preços da energia elétrica não sofram reajustes consideráveis, pois na forma anterior as despesas, ineficiência e perdas das empresas de energia elétrica eram repassadas em uma quantidade maior para o consumidor no aumento da tarifa.

O governo por sua vez anunciou que atuará nas parcelas de sua responsabilidade que é a parcela de impostos e encargos que a concessionária de energia elétrica não tem como gerenciar, são custos de impostos estabelecidos exclusivamente pelo governo. A presidenta da República Dilma divulgou que realizará em setembro de 2012 medidas para reduzir as tarifas de energia elétrica no Brasil, através da redução de impostos, encargos e tributos impostos na tarifa de energia elétrica. Os custos atuais com energia elétrica no Brasil desestimulam a industrialização no pais afetando a geração de emprego. O setor industrial alega que empresas estão migrando para outros países devido a custos elevados do Brasil, no qual inclui-se a energia elétrica. De um lado as associações das industrias pressionam revisão de 35% enquanto o ministro de Minas e Energia sinaliza reduções para 10%.

É um passo importante para contribuir com o crescimento do Brasil, assunto este que era praticamente intocável e está sendo trazido de uma forma veemente que tudo indica que terá resultado, somados a necessidade de eficiência por parte das empresas de energia elétrica.

Faça agora sua parte economize energia elétrica. Evite o desperdício.

sábado, 18 de agosto de 2012

NR10 - Segurança e saúde em eletricidade

O Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil (MTE) validou a NR10 [1] através da portaria MTE 598 de 07/12/2004. A NR10 estabelece procedimentos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade. É compulsório que todos os empregadores cumpram na íntegra a NR10, inclusive assegurando conhecimento pleno e treinamento de todos os empregados; que por sua vez devem tomar conhecimento das medidas, ações estabelecidas pelo empregador e NR10 visando garantir sua segurança e saúde.

A NR10 define que o empregador deve: elaborar e manter um Prontuário das Instalações Elétricas; elaborar procedimentos de trabalho a nível gerencial e de execução de serviços; elaborar relatório técnico de inspeções, com recomendações e cronograma de adequações dos itens do prontuário; ministrar treinamento específico aos trabalhadores em eletricidade; e fornecer equipamento de proteção individual.

A norma também estabelece aspectos técnicos de ação operacional e direta nas atividades do dia-a-dia como: bloqueios para serviços em instalações elétricas desenergizadas; vestimentas adequadas à atividade e que contemplem a inflamabilidade, condutividade e influências eletromagnéticas; ordem de serviço específica, com local e data; uso de técnicas de análise de risco; instrução formal aos trabalhadores não relacionados às instalações elétricas, porém com atividades em zona livre e na vizinhança de zona controlada.

Com relação a treinamento só podem exercer atividades com eletricidade os trabalhadores qualificados, ou capacitados e os profissionais habilitados, após um treinamento obrigatório e com anuência formal da empresa. São obrigatórios para todos os profissionais com trabalhos em eletricidade os seguintes treinamentos:

- Curso Básico - Segurança em instalações e serviços com eletricidade, com carga horária de 40 horas, para todos os trabalhadores;

- Curso Complementar - Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com carga horária de 40 horas, para os profissionais que exercem atividades no Sistema Elétrico de Potência ou em suas proximidades.

Além de reciclagem bienalmente nos treinamentos. É importante que os técnicos e engenheiros façam a ART dos cursos junto ao CREA para efeito de maior respaldo no cumprimento da norma e também para composição do seu acervo técnico, que serve como comprovação de qualificação técnica.

Outro ponto importante é com relação as normas da ABNT, observem que por exemplo, a NBR 5410 é citada na NR10, portanto é indispensável o conhecimento desta.

Governo anuncia redução das tarifas da conta de luz e ações de empresas do setor despencam
Cuide da Segurança, Saúde e Bem-estar

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Entendendo a Tarifa de Energia Elétrica no Brasil - Fique por dentro da conta de luz



Para tratarmos e aplicarmos técnicas para economia de energia e realização de gestão eficiente é importante conhecermos a tarifa de energia elétrica e como a composição dos custos. O primeiro passo é pegar sua conta de energia elétrica e realizar uma leitura das informações disponibilizadas, pois é provável que a maioria de nós não tenhamos lido o conteúdo. A figura ilustrativa acima simboliza os caminhos da energia elétrica até nossas residências, representando a Geração, Transmissão e Distribuição da energia. Disponibilizei abaixo um link para um caderno temático sobe este assunto elaborado pela Aneel:

-CONCEITOS BÁSICOS SOBRE TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA
-ESTRUTURA TARIFÁRIA
-COMPOSIÇÃO DAS TARIFAS
-MECANISMOS DE ATUALIZAÇÃO DAS TARIFAS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA -ELÉTRICA
-ABERTURA E REALINHAMENTO TARIFÁRIO
-QUADROS TARIFÁRIOS

http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/caderno4capa.pdf
http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/cartilha_1p_atual.pdf


Leia mais:


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Programa de concessões para investimentos na malha rodoviária e ferroviária do Brasil

Eis que surge uma boa notícia hoje... O governo anunciou um pacote de investimentos no total de R$ 133 bilhões e equivale a  7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias. No intuito de viabilizar empresas para execução das obras o governo vai oferecer apoio através de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É necessário avaliar os quantificar o impacto geral no país em termos de logística, pois nas condições atuais das malhas de transporte na maioria da área territorial do Brasil fica muito complicado viabilizar logística adequada para escoar a produção, mercadorias, deslocamentos para lazer, saúde, etc. O modelo de adotado pelo governo brasileiro é PPP (parceria pública privada), ou seja teremos pedágios.
Vamos torcer para que não venham com projetos contendo trens "maria fumaça", temos que mudar a mentalidade e já implantar as melhores tecnologias existentes. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Como evitar acidentes com energia elétrica

Tenha cuidado com energia elétrica, pois o acidente pode ser fatal ou deixar sequelas graves. Acesse os link abaixo para conhecer mais sobre os perigos da eletricidade e ajude a divulgar para seus familiares, amigos e sociedade. Todo cuidado é pouco mesmo utilizando Equipamento de Proteção Individual (EPI) e/ou Coletivo (EPC), temos que tomar as precauções necessárias para evitar o choque elétrico.

Nunca trabalhe em instalações e equipamentos energizados.

http://www.cemig.com.br/SalaDeImprensa/Documents/Cartilhas/Fundamental%20II%20FINAL.pdf

http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E216601310641F67629F4/nr_10.pdf

Vamos aproveitar e aprender um pouco mais sobre a eletricidade e acidentes através deste vídeo educativo.

Enviado por  em 10/06/2008

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Incentivos no Brasil para utilização dos carros/veículos elétricos?

De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) em 7 Estados os proprietários de veículos movidos a motor elétrico são insentos do IPVA:

Ceará (Lei 12.023 - art. 4, IX - veículos movidos a motor elétrico)
Maranhão (Lei 5.594 - art. 9, XI - veículos movidos a força motiz elétrica)
Pernambuco (Lei 10.849 - art. 5, XI - veículo movido a motor elétrico)
Piauí (Lei 4.548 - art. 5, VII - veículo movido a motor elétrico)
Rio Grande do Norte (Lei 6.967 - art. 8, XI - veículos movidos a motor elétrico)
Rio Grande do Sul (Lei 8.115 - art. 4, II - ... de força motriz elétrica)
Sergipe (Lei 3.287 - art. 4, XI - veículos movidos a motor elétrico)

Em São Paulo  rodízio em  não se aplica a veículos elétricos.

Fonte: http://www.abve.org.br/

Conheça mais sobre veículos elétricos em http://www.veiculoeletrico.blog.br.

A Light lança no Brasil o primeiro veículo totalmente elétrico produzido em série no mundo, o i-MiEV. O carro foi desenvolvido pela Mitsubishi e utiliza um sistema de recarga inteligente feito por software. O i-MiEV é produzido comercialmente na Europa desde 2010 e Estados Unidos desde 2011.
É uma ótima opção para o Brasil pois teremos diversificação na matriz energética e também mais opções para os consumidores.